top of page
Buscar

MISSÃO

Atualizado: 14 de out. de 2024

QUANDO PRECISAMOS ENTREGAR O MELHOR DE NÓS PARA UM BEM MAIOR.

ree

No último sábado, logo pela manhã cedo, levantei-me com preguiça, sonolenta e cheia de convicção. Hoje farei produção! E fui em busca de material para um evento infantil. E foi tudo absurdamente mágico, mas não no primeiro momento.

Quando cheguei na cadeg, um dos lugares que encontraria os produtos que eu precisava segundo pesquisa, caso contrário teria de recorrer ao mercado livre, opção indesejada no momento por ter apenas uma semana de previsão não podendo contar com quaisquer imprevistos de mercadoria, erro, atraso... (daria tempo, eles são breves na mairia dos pedidos, mas ok, eu queria mesmo era o material pra já!)

Certa de que teria no local vasinho de barro pequenino, dos menores para um trabalho infantil, uau, que susto levei! Não havia sequer em nenhuma loja. Mercadão de Madureira já nao tinha, meu coração disparou, caramba, não creio que isso não vendem mais em abundância!

Pecorri cada loja que aparentemente poderia ter, perguntei, perguntei, perguntei...

__Nada Senhora. Não vai encontrar.

__ Sério? Ok.

Já estava convencida que teria de sair dali depois de terminar o que precisava e buscar novas fontes. Sem descartar naquele dia, o tal mercado livre.

Tudo pronto para sair dali, sentei no carro. Estava me sentindo bem afinal, lugar que tem muita planta, muitas flores, é realmente fascinante. Outra frequencia. Pensei, onde mais poderia encontrar hoje? Vou até lá fora, antes de sair com o carro do estacionamento e devo encontrar loja de rua... Quem sabe encontro em loja de rua? Já sentada no carro, levantei, sai do estaconamento, entrei na CADEG novamente, fui para calçada da rua e ao parar na calçada, olhei para trás e vi um segurança perto de um elevador. Retornei a Cadeg, cheguei perto dele e perguntei sobre uma loja de rua que venda vasinho de barro. Ele disse: __Tem até uma sim, mas não sei se vende esses pequenininhos, e hoje próvavel está fechado. Tem certeza que não encontrou em nenhuma loja? Já foi ali, lá , acolá, lá, lá lá... Falou todas as ruas, lojas, opões.

__Sim, não encontrei.

__Olha, sobe aqui e vai na rua 17. Lá, tem um espaço que pode ser que tenha o que precisa. Havia um Senhor que tinha uma loja aqui, ele não está mais com a loja, vende algumas coisas lá fora...

__Onde tem as plantas? Já fui, rodei tudo. Ninguém tem.

__ Então, mas vai na rua 17 que lá ele esta com um espaço que guarda algumas coisas dele e sei que tem vasos. Quando ele tinha loja aqui ele vendia de tudo que era tamanho. Tenta ver lá. Quem sabe?

__Ok, vou lá, então. Muito grata!

Quem sabe, minha chance. Subi, segui, errei o caminho, retornei, acessei o espaço. Uma loja. alguns materiais pelo caminho. Havia vasos enormes, enormes!

__Oi, bom dia. Aqui tem vasinhos de barro, pequeninos? Assim. (eu já mostrava pelas minhas mãos o tamanho, pois o pequeno que eles apontava eu teria que segurar com as duas mãos para dar conta.

__ Não, seria pequeno mesmo, que caiba na minha mão, é para criança...

O filho do dono da loja:

__ Tem não. Nao trabalhamos com este tamanho de vaso.

Imediantamente, um Senhor, nordestino, comentou, descendo a escadaria com produtos para mostrar um cliente:

__ Tem uns vasinhos de barro aqui, sim. Se for o que a Senhora esta querendo tem sim.

__ Que vasinho esse? Perguntou o rapaz que vende na loja, também.

__Vasinho? Nunca teve isso aqui. Só tem de plastico.

__ Tem sim, vou lá em cima. Se a Senhora quiser vou pegar uma caixa que tem lá guardada há muito tempo. Ninguém comprou isso aqui, não. E competou para o filho do dono da loja: Uma Senhora que faz eventos mandou seu pai providenciar. Ele fez mil vasinhos a pedido e ela não levou tudo. Seu pai ficou com os vasinhos guardado até hoje na loja. Para mim: Se a Senhora puder esperar um pouquinho, vou lá em cima tentar pegar e volto.

Eu, ouvindo a discussao deles se tem ou não, pedi para ver que se for o que eu preciso eu levaria. E nesta altura, eu que já estava animada, confiando no Senhor, torcendo, comemorando com alegria a importância desse vendedor que definitivamente conhece o estoque da loja que trabalha, veste a camisa da empresa, teve escuta e criou a oportunidade para fazer a venda.

Olha, levou um tempinho para desenterrar o barro,viu? Demorou retirar de agum lugar bem guardado, mas quando veio, nossa! Era tudo que eu precisava. Mais fofo ainda o tamanho que era perfeito para crianças.

O dono da loja foi acionado por telefone para saberem qual o valor do vasinho de barro. O dono da loja:

__Que vasinho é esse? Que? Sei disso, não. Ahmm, lembro, agora. Faz tempo isso, heim. Ela quer isso? Vende, então.

Então, saí da Cadeg com 135 vasinhos de barro. Numero além para não ter problema de faltar.

Definitivamente, era ELE, dizendo, 'Você não vai embora, não, filha. Sai do carro e vem que te guio! Tá guardado para você.' (imagine aqui um coraçãozinho, agora)

Olha, eu ganhei aquele dia! Para mim foi encantador! Sabe quando você parece estar sozinha, resolvendo tudo na presão do tempo, na falta e de repente você percebe várias pessoas pelo caminho te ajudando, resolvendo, fazendo acontecer?

Aquele Senhor, vendedor, foi muito especial. O segurança do local, então... Duas figuras ensinando a importância de saber servir com excelência. (Outro coraçãozinho)


Siga-me no Instagram: @carinehaziel



 
 
 

Comentários


bottom of page